O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com os comandantes das Forças Armadas no Palácio da Alvorada. O encontro teve como foco principal as mudanças na Previdência dos militares, que fazem parte de um pacote de cortes de gastos do governo. Estiveram presentes o general Tomás Paiva (Exército), almirante Marcos Olsen (Marinha), brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica) e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

O pacote de cortes de gastos do governo propõe que a aposentadoria dos militares tenha idade mínima de 55 anos a partir de 2030, com uma transição até lá. Apesar de entenderem a necessidade de mudança, os militares discordam dos termos da transição, de acordo com o Blog do Valdo Cruz.

A principal divergência é sobre quando a nova idade mínima será aplicada. Eles defendem que a regra só entre em vigor em 2032, temendo que, com o modelo atual, alguns oficiais precisem pagar um "pedágio" de sete anos antes de ir para a reserva.

Para cumprir a transição até 2032, os militares indicam que ajustes são necessários, como nas promoções, que atualmente ocorrem a cada sete anos, resultando em uma média de 52,5 anos para a transferência à reserva. Além disso, eles criticam o projeto de pensões, que limita a transferência para cônjuges e dependentes menores, enquanto a "morte ficta", que concede pensão a famílias de militares expulsos, será extinta.

Fonte: Metro1