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Polícia prende advogado de um dos alvos da Operação El Patrón

Polícia prende advogado de um dos alvos da Operação El Patrón

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O advogado de um dos presos na Operação El Patron, ação que investiga o deputado estadual Binho Galinha (Patriotas), e outras duas pessoas foram presas na manhã de ontem. A ação investiga a obstrução de provas relacionadas à "Operação El Patrón", que apura atividades de uma milícia com atuação em Feira de Santana, na Bahia. Entre os investigados está o deputado estadual Binho Galinha (Patriotas).

Segundo o MP-BA, os alvos da operação são um preso que já estava no Conjunto Penal de Serrinha, sua esposa, que cumprirá prisão domiciliar por ser mãe de uma criança menor de 11 anos, e o advogado, detido em sua residência em Feira de Santana. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos envolvidos, no escritório do advogado e na cela do detento em Serrinha.

O delegado da Polícia Federal, Geraldo Almeida, detalhou que o grupo é suspeito de destruir provas digitais que comprometeriam a organização criminosa. "É de fato um enorme prejuízo para as investigações tendo em vista que esse foi um dos casos descobertos, não sabemos se esses investigados já adotaram e outras providências para esconder e destruir outras provas", ressaltou.

Entre os alvos da "Operação El Patrón" está um policial militar que já havia sido preso em 2023. Contra ele foi expedido um novo mandado. Segundo Almeida, a destruição das provas prejudicou severamente as investigações, dificultando o combate à milícia composta por agentes públicos. "Trata-se de um caso em que o estado está sendo leiloado ao crime organizado", afirmou o delegado.

Sobre o advogado preso, Geraldo Almeida confirmou que ele atuou para beneficiar um dos investigados da organização. O cumprimento dos mandados contra o advogado foi acompanhado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A destruição de provas configura crime de obstrução de investigação, com pena máxima de oito anos de prisão.

O superintendente adjunto da Receita Federal do Brasil na 5ª Região Fiscal, Ricardo Machado, também participou das investigações e revelou que o grupo criminoso cometeu crimes de sonegação tributária e lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras incompatíveis e aquisições de imóveis suspeitas.

O deputado estadual Binho Galinha, citado nas investigações, se pronunciou sobre a operação. Ele afirmou que não foi alvo de medidas judiciais e destacou sua disposição para colaborar com as autoridades. “Confio na Justiça e acredito que a transparência e a responsabilidade são fundamentais para o esclarecimento da verdade”, declarou. As autoridades seguem investigando as conexões entre os envolvidos e a extensão das atividades da milícia em Feira de Santana e região. 

Fonte Tribuna da Bahia 

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