Deputado do PL acusa dirigente de 'perseguição’
Deputado do PL acusa dirigente de 'perseguição’
O deputado federal Jonga Bacelar (PL) não escondeu a indignação ontem (26) ao saber que o seu partido planeja sua expulsão, juntamente com a de três deputados estaduais, devido ao seu bom relacionamento com o governo Lula (PT).
Jonga, que está no seu quinto mandato e teve apenas uma filiação partidária ao longo de sua carreira política, atribuiu a tentativa de expulsão a “um derrotado sem voto, invejoso e frustrado”, se referindo ao presidente do PL em Barreiras, Comandante Rangel.
Para o parlamentar baiano, se o PL continuar seguindo uma lógica de perseguição promovida por “cidadãos fracassados”, o partido acabará reduzido a um grupo tão pequeno que caberia “numa canoa a remo sem capacidade sequer para atravessar as margens do Dique do Tororó”.
Jonga também disse que é injustificável que uma sigla com o maior fundo partidário e tempo de TV do país tenha eleito apenas um prefeito na última eleição municipal — Jânio Natal, de Porto Seguro, que, inclusive, é seu aliado.
Ele afirmou ainda que suas responsabilidades partidárias são apenas com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, seu amigo pessoal e quem assinou sua ficha de filiação no ano de 2002.
Segundo informações do site Política Livre, o conflito interno no PL parece ter raízes na disputa de poder entre o presidente estadual do partido, João Roma, e o deputado federal Capitão Alden. Alden e seu grupo passaram a criticar abertamente a gestão de Roma, incluindo a decisão de permitir o apoio de membros do PL ao PT na Bahia — postura inicialmente aprovada por Roma, mas que ele tenta agora reverter devido às críticas.
Para se defender dos ataques e manter uma aparência de imparcialidade, Roma teria acionado o presidente do PL em Barreiras para abrir um processo disciplinar não apenas contra o deputado estadual Diego Castro e a vice-presidente estadual do PL, Dra. Raissa Soares, mas também contra os deputados que apoiam os governos de Jerônimo Rodrigues (PT) e Lula: Raimundinho da JR, Vitor Azevedo, além do próprio Jonga.
Diego Castro e Raissa Soares são acusados de praticar infidelidade partidária ao se posicionarem contra o PL nas eleições municipais deste ano em Barreiras. Isso porque os dois apoiaram a candidatura a prefeito de Davi Schmidt (Novo), e não a de Otoniel Teixeira (União Brasil), como fez a sigla.
Em nota, Diego Castro justificou a escolha por Schmidt alegando respeito aos grupos conservadores de Barreiras que apoiaram sua eleição em 2022. “Esse apoio foi em respeito ao pedido dos grupos conservadores de Barreiras. Jamais os trairia”, afirmou. Diego também ressaltou a afinidade ideológica com Schmidt, a quem descreveu como defensor do agronegócio e dos valores conservadores. “Esse Rangel deveria se recolher à sua insignificância”, concluiu Jonga Bacelar.
Fonte Tribuna da Bahia